O Dia Mundial da Criança é sempre um dia de sensibilização…

O Dia Mundial da Criança é sempre um dia de sensibilização para várias questões relacionadas com a infância e bem-estar das crianças. E mais uma vez, é obrigação e dever falar de Direito à Saúde.

São os adultos, primeiros mentores, que, em primeira mão, deverão estar sensibilizados para a questão da prevenção da doença “nas suas crianças”.  E felizmente, em muitos casos, uma melhor literacia e conhecimento acerca da alimentação e saúde tem promovido uma procura por melhores hábitos de vida.

Sabemos que, desde a pré-concepção e gravidez, até aos 2 anos de uma criança a alimentação saudável e equilibrada, seja dos pais como do bebé/criança deverão ser redobrados. Então porque é que ainda assim, apesar de todos os cuidados, as crianças adoecem na escola, têm febre, déficit de atenção e hiperatividade, autismo e alergias alimentares?

A verdade é que existem fatores não controláveis. Por exemplo, os fatores hereditários e os fatores ambientais. E na realidade, os estímulos ambientais podem muito bem ativar determinados genes e silenciar outros, desencadeando, por exemplo a doença.

De facto, estamos a consumir cada vez mais agrotóxicos, estamos expostos a mais radiação e os alimentos não têm a mesma qualidade nutricional que tinham antigamente.

Então que mais podemos fazer para criarmos crianças e futuros adultos saudáveis?

• Primeiro que tudo, claro, temos de promover uma alimentação mediterrânica, que inclua todos os grupos alimentares nas proporções corretas e equilibradas. Comer só carne e fruta ou só arroz e batata não é a solução. Se já existe pobreza nutricional nos solos e alimentos, imaginemos se não os complementamos de forma correta;
• Em segundo lugar, “desempacotar menos e descascar mais”. Quanto menos químicos dos plásticos e metais, menos alterações orgânicas e por consequência, mais saúde;
• Em terceiro lugar, menos açúcar e “fast-food” cheios de aditivos alimentares inflamatórios;
• Em quarto lugar, brincar na rua. Tão importante, sair de casa e levar as crianças a passear na natureza, num ambiente limpo e onde consigam apanhar com segurança um pouco de sol;
• E por último, dar prioridade aos alimentos biológicos e antioxidantes: 400g de vegetais e frutas de todos os grupos. Variar, variar, variar!

E os suplementos, são importantes?

Como já dito, anteriormente, os alimentos não têm a mesma qualidade nutricional, logo se não existe uma boa variabilidade de todos os grupos alimentares e não obtemos o aporte correto de nutrientes via alimentar, claro que os suplementos são importantes. Por exemplo:

• Vitamina D – Importante na prevenção de inúmeras doenças. O aporte é insuficiente através do leite materno e de fontes alimentares. A principal fonte são os raios solares e maioria das crianças tem de usar protetor solar não absorvendo esta vitamina em doses suficientes. Desde a nascença é essencial um suplemento de 400UI e posteriormente 600UI;
• Ferro e Vitamina B12 – Quando existe falta de vitamina C, consumo insuficiente de proteína de origem animal ou opção de dieta vegan no seio familiar;
• Omega 3, principalmente DHA – Quando não existe um bom aporte de peixe ou gordura vegetal. O Omega 3 é essencial para o bom desenvolvimento cognitivo da criança e relevante de suplementar em caso de maior cansaço ou TDAH;
• Complexo B e/ou Complexo vitamínico e mineral – em casos de seletividade alimentar e subalimentação;
• Vitamina C e Zinco – Quando existe exposição frequente a vírus e bactérias e se não for possível reforçar estes minerais através da alimentação da criança;
• E por fim Probióticos – Sempre, em casos de diarreia e disfunção intestinal e como complemento de uma alimentação saudável. Os probióticos são a chave para um intestino e microbioma integro, uma imunidade aumentada e uma saúde duradoura.

E, outros suplementos podem ser recomendados de acordo com a individualidade, aporte nutricional e saúde da criança.

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Feliz Dia da Criança !

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Autoria: Drª Carina Teixeira - Nutricionista Bioforma