Obesidade infantil em Portugal parte 1
Uma das minhas maiores preocupações sempre foi a saúde e bem-estar das crianças. Atualmente observo com grande desânimo como as nossas crianças estão a sofrer de doenças que, geralmente são consideradas comuns na idade adulta.
Tais como: a diabetes precoce, AVC , hipertensão arterial e, um problema de atualidade, a obesidade.
O que me suscitou grande interesse para escrever este artigo, foi uma frase que li e que dizia: “Em Portugal 1 em cada 3 crianças sofre de obesidade” (estudo 2013-2014 da APCOI) e, de acordo com a comissão europeia, Portugal encontra-se, entre os países da Europa, com uma taxa elevada de obesidade infantil.
É de grande importância perceber que estamos com problemas de extrema gravidade! Do meu ponto de vista, não podemos ficar de braços cruzados, é preciso atuar urgentemente. Sabe-se que este tipo de doença pode vir a transformar-se, com o tempo, em patologias graves numa idade adulta, diminuindo desta forma a qualidade e a esperança de vida.
“Todas as crianças deveriam ser bem nutridas, fisicamente ativas e saudáveis. Contudo, a realidade atual é bem diferente” (APCIO).
Isto é certo, os tempos são outros, já não se brinca com os amigos na rua, agora somos escravos da tecnologia, cada vez mais, encontramos crianças sedentárias, agarradas no computador ou aos jogos de vídeo, até os smartphones e os tablets acompanham-nos durante as refeições, quando este tempo devia ser de união e convívio familiar.
Outra coisa que me chamou muito a atenção foi o seguinte: De acordo com dados do Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil (COSI:2008), elaborado pela OMS e, pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) “90% das crianças em Portugal consome “fast-food”, doces e refrigerantes pelo menos 4 vezes por semana, 1% bebe água e só 2% ingerem fruta fresca todos os dias.
Está na altura de mudar alguma coisa, não acham?
Autoria: Drª Maria Teresa Pita